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China pretende captar investidores do Brasil e Argentina

Brasil e Argentina são os primeiros mercados onde Macau e a província de Guangdong, no sul da China, vão procurar atrair investidores, com ações de promoção para 160 projectos na região do Delta do rio das Pérolas.

Thomas Ng, diretor do departamento de apoio ao investidor do Instituto de Promoção do Comércio e do Investimento de Macau (IPIM), disse à Agência Lusa que “é a primeira vez que Macau e Guangdong se promovem em conjunto para captar parceiros para projetos de infra-estruturas, proteção ambiental e altas tecnologias”.

A missão governamental chinesa, com mais de uma centena de participantes, vai apresentar oportunidades de negócio aos empresários sul-americanos num seminário que ser realizado em Buenos Aires e em São Paulo, em 7 e 10 de Agosto respectivamente.

“O Brasil foi uma escolha óbvia, pelo fato de ser o mercado de língua portuguesa com as relações econômicas mais intensas com a China e pelo seu posicionamento forte na América do Sul”, justificou Ng.

Por outro lado, a promoção na Argentina “prende-se com o interesse da província de Guandgong em explorar as potencialidades deste mercado ao nível do outsourcing”, explicou ao acrescentar que a primeira opção era o México, que ficou de parte devido à propagação da gripe A (H1N1).

Os 160 projetos integram o plano de desenvolvimento da região do Delta do Rio das Pérolas, que Pequim pretende transformar num dos blocos econômicos mais competitivos da Ásia-Pacífico até 2020.

“O próximo passo é aliar Hong Kong a este trabalho”, afirmou a diretora do departamento de cooperação externa do IPIM, Glória Batalha.

O reforço da cooperação econômica entre Macau e a província vizinha enquadra-se ainda no acordo de parceria econômica China-Macau (vulgo CEPA).

Os seminários sobre Cooperação Econômica, Comercial e de Serviços na Argentina e no Brasil contarão com a participação do vice-governador da província de Guangdong, Wan Qingliang, do presidente do IPIM, Lee Peng Hong, e de representantes de diversas associações comerciais.

O evento de São Paulo antecederá a quinta edição do Encontro de Empresários para a Cooperação Econômica e Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa, que acontecerá no Rio de Janeiro, entre 11 a 13 de agosto.

Comércio bilateral

O comércio bilateral entre a China e o Brasil aumentou 63,2% em 2008 para US$ 484,9 bilhões e alcançou os US$ 172,22 bilhões no primeiro semestre, segundo dados de Pequim.

Apesar da crise, a China passou a ser em abril o principal parceiro comercial do Brasil, quebrando a liderança de 80 anos dos Estados Unidos.

Entre Guangdong e Brasil, as trocas comerciais geraram US$ 54,20 bilhões no ano passado, o que representa um crescimento de 39,8% em relação a 2007.

As relações comerciais entre Macau e Brasil foram calculadas em US$ 75,50 bilhões entre janeiro e maio, o que representa um acréscimo de 21,64% face ao período homólogo de 2008.